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O que foram os ataques de Palmer?

A Vermelho de medo é freqüentemente usado para ilustrar como medos infundados podem comprometer as liberdades civis. Como o susto desencadeou atos tão inimagináveis ​​que se propunham proteger o interesse nacional?

Nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial, o governo dos Estados Unidos organizou violentos ataques policiais contra radicais de esquerda e anarquistas estrangeiros em 1919. Foi uma resposta a vários atentados anarquistas contra americanos importantes.

Bombardeios Anarquistas

Os EUA estavam em alerta máximo após a Revolução Russa de 1917. Vladimir Lenin e seus Bolcheviques derrubou a dinastia Romanov, abrindo caminho para o surgimento da ideologia comunista. Nesta época, os EUA estavam no estado de Vermelho de medo, visto que as crescentes greves trabalhistas que acontecem no país se devem a imigrantes que queriam derrubar o governo americano.

Essa paranóia levou à criação da Lei de Sedição de 1918, que tinha como alvo pessoas que criticavam o governo, monitorando radicais e líderes sindicais com a ameaça de deportação. E logo, o medo se transformou em violência.

Em 1919, uma série de bombardeios ocorreu, visando funcionários do governo e da lei. A primeira bomba foi entregue ao senador Thomas Harwick, na Geórgia. O pacote-bomba explodiu quando a empregada de Harwick o abriu, embora Harwick, sua esposa e a empregada tenham sobrevivido.

A segunda bomba foi recebida no gabinete do prefeito de Seattle, Ole Hanson, que teve sorte porque a bomba do correio não explodiu. Dias depois, um funcionário dos correios chamado Charles Caplan leu sobre o bombardeio de Harwick e a descrição do pacote-bomba.

Ele logo percebeu que 36 pacotes que manuseava dias antes eram pacotes-bomba. As bombas foram dirigidas a cidadãos notáveis ​​como Oliver Wendell Holmes, John D. Rockefeller e JP Morgan. Felizmente, ele foi capaz de interceptá-lo e cancelou sua entrega.

Os bombardeios continuaram, matando duas pessoas na casa do juiz Charles Cooper Nott, Jr. em Nova York. Uma bomba foi entregue ao procurador-geral A. Mitchell Palmer no mesmo dia. A bomba explodiu, mas apenas matou seu libertador, o anarquista Carlo Valdinoci. (Fonte: História)

As Invasões Palmer

Em resposta aos bombardeios, Palmer criou uma divisão especial do Bureau of Investigation. A divisão ficou encarregada de coletar todas as informações sobre os radicais de esquerda. Palmer designou J. Edgar Hoover, advogado do departamento de justiça, para supervisionar a divisão. Hoover coordenou inteligência de diferentes fontes para identificar extremistas violentos. (Fonte: História)

Com base nas informações que Hoover coletou e analisou, resultaram em buscas e prisões em massa sob a Lei de Sedição. Isso logo ficou conhecido como as Incursões de Palmer, já que o Procurador-Geral Palmer apoiou diretamente as ações de Hoover.

Em 7 de novembro de 1919, a primeira série de ataques foi lançada. Cerca de 200 radicais foram presos. Isso foi logo seguido pela prisão e deportação da anarquista russa Emma Goldman em 8 de dezembro de 1919. E em 2 de janeiro de 1920, um total de 3,000 vermelhos foram presos em todo o país. Os vermelhos eram aqueles que eles acreditavam ter uma associação com a nova URSS. (Fonte: Biblioteca do Congresso)


As batidas, e Palmer, acabaram enfrentando críticas porque fizeram com que muitas pessoas inocentes fossem punidas e até deportadas. Com a ajuda do secretário adjunto do Trabalho, Louis F. Post, foi divulgado que mais de 1,500 deportações eram inválidas, questionando ainda mais a metodologia de Palmer e a abordagem irracional do Pânico Vermelho. (Fonte: História)

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