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Libaneses no Brasil

Há mais descendentes de libaneses no Brasil do que no Líbano.

A diáspora libanesa conta com cerca de quatro a quatorze milhões de pessoas, incluindo libaneses nascidos no exterior e aqueles nascidos no exterior de ascendência libanesa. A grande maioria dos libaneses na diáspora são cristãos. Mas você sabia que há mais descendentes de libaneses no Brasil do que no Líbano?

Uma razão importante de haver mais descendentes de libaneses no Brasil é que o país é grande, já que o Líbano é um país pequeno com recursos limitados. O Brasil tem sido um destino popular para a emigração da população excedente.

Quais são os fatores que resultaram nisso?

Antes da queda do Império Otomano, o Imperador do Brasil, D. Pedro II, visitou o Líbano e convidou as pessoas a imigrar para o Brasil. Na época, o país estava subpovoado e precisava desesperadamente de industrialização. Muitos cristãos e judeus no Líbano viram isso como uma oportunidade para uma vida melhor.

Uma vez que o velho império estava paralisado e incapaz de avançar, o Brasil experimentou sua primeira imigração em massa. Como a família imperial brasileira tinha ligações com estados italianos e germânicos (na época a guerra de unificação deles acontecia), muitas pessoas desses países também vieram para o Brasil. Ainda assim, o fluxo considerável de imigração libanesa ocorreu entre as guerras.

Os casamentos mistos são outro excelente exemplo. Libaneses que vivem no Líbano costumam se casar com outros libaneses. No entanto, quando os imigrantes libaneses chegam ao Brasil, eles se casam com pessoas de diferentes etnias, inclusive com brasileiros. Isso significa que duas pessoas no Líbano que formariam um casal agora podem formar dois casais no Brasil e ter muito mais filhos. Dadas seis gerações disso, não há espaço suficiente no Líbano para acomodar todos que desejam retornar. Toda a costa do Mediterrâneo Oriental seria insuficiente se houvesse gerações suficientes. Tenha em mente que há mais sírios do que libaneses no Brasil.

Nos últimos anos, tornou-se moda ter um segundo ou terceiro passaporte. Conheço alguém cujo bisavô era libanês e cujo sobrenome libanês, Nasr, adaptado para Nassar, foi muito duas gerações antes. Ainda assim, apesar de ser um católico romano que não sabia falar uma única palavra de árabe, essa pessoa conseguiu obter a cidadania libanesa e agora contaria como libanês brasileiro.

Como os libaneses tinham uma maior consideração por sua fé, cristãos, judeus ou muçulmanos, mais libaneses se casavam com pessoas de outras religiões. Por exemplo, uma mulher libanesa cristã pode se casar com um homem judeu ou muçulmano e vice-versa, criando um vínculo familiar estranho. Muitos libaneses que imigraram para o Brasil teriam família lá. Eles se referiam a eles como primos. Isso se tornou uma piada entre os brasileiros que se referiam aos habitantes do Oriente Médio como primos ou primos em português. (Fonte: Revista Executiva)

O que levou os libaneses a se mudar para o Brasil? 

A imigração árabe para o Brasil começou na década de 1980. Tanto o povo libanês quanto o sírio fugiram para o Brasil para escapar da instabilidade política e econômica que o Império Otomano causou. Cerca de 3 a 6 por cento da população total do país de 200 milhões são libaneses-brasileiros. (Fonte: Revista Executiva)

Imagem da the961.com

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