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Quando a monarquia do Brasil acabou?

Pedro II, conhecido como o último imperador que induziu o fim da Monarquia brasileira, governou o Brasil por mais de 45 anos. Durante seu governo e até mesmo nos meses antes de ser derrubado, ele permaneceu admirado pelo povo pela prosperidade econômica e pelas mudanças sociais que impulsionou. 

A Monarquia do Brasil terminou com os 49 anos de reinado de Pedro II, que aboliu a escravidão e trouxe muitas melhorias para o Brasil. Seu governo acabou quando ele se tornou desapegado e apático às demandas do povo, que respondeu formando um golpe que o derrubou com sucesso. 

O Reinado do Imperador Pedro II

Nascido no Rio de Janeiro, Brasil, em 2 de dezembro de 1825, Dom Pedro De Alcantara, mais conhecido como Pedro II, tornou-se o último imperador da Monarquia Brasileira. Seu reinado se estende por quase meio século.  

Ambos os pais, Pedro I do Brasil e Leopoldina da Áustria, morreram cedo, fazendo com que a tarefa da orientação caísse nas mãos de seu tutor. Ao contrário do pai, Pedro II foi um excelente aluno. Muitos dos maiores intelectuais do Brasil lhe deram aulas e, durante esse tempo, ele se tornou muito próximo de sua governanta, Mariana de Verna.

Aos 16 anos, Pedro II tornou-se oficialmente coroado imperador, casando-se com Teresa Cristina poucos anos depois. Durante seu reinado, muitos cidadãos adoraram muito o imperador Pedro II, mesmo nos meses de sua destituição. Muitas melhorias surgiram em sua decisão, como estradas pavimentadas, sistemas de água, instalações portuárias melhoradas e ferrovias. Pedro II também trabalhou ativamente para abolir a escravidão, uma praga socioeconômica que afetou 5,000,000 de cidadãos brasileiros, irritando a classe abastada de proprietários de terras que a apoiava. (Fonte: ThoughtCo.

Além disso, presidiu mais de 30 gabinetes diversos que ganharam o apoio de sua gente. Com o poder que tinha, deu aos partidos políticos liberais e conservadores autoridade igual. Como os dois partidos políticos representavam apenas as classes abastadas do Brasil, eles serviam como uma barreira que dificultava as demandas das classes mais baixas. (Fonte: Britânico

Em Pedro II, a elite encontrou quem suprimia o fanatismo das massas, um monarca habilidoso que unia liberdade e ordem, paz interna e desenvolvimento do país, desde que sob sua estrita vigilância e sem excessos.

Especialista brasileiro Roderick Barman

(Fonte: Revista Pesquisa Fapesp

O momento mais infame do reinado de Pedro II ocorreu durante a Guerra da Tríplice Aliança, quando ele recusou o pedido de paz do Paraguai, continuando a guerra por mais três anos antes da queda do Paraguai e causando o aumento da dívida do Brasil. A Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra do Paraguai logo foi reconhecida como a guerra interestadual que causou mais derramamento de sangue. (Fonte: ThoughtCo.

A Queda Aceita da Monarquia do Brasil

A destituição do ex-imperador Pedro II deveu-se a vários fatores. Em A aceitação do exílio de Dom Pedro II, Molly Quinn observa que o crescimento do movimento republicano, um descontentamento comum entre os militares e o ódio crescente na política contribuíram para a queda da monarquia brasileira.

A insatisfação geral dos militares se tornou o catalisador de maior impacto para o golpe de 1889 que lançou as bases da Primeira República brasileira, pois a maioria dos veteranos recebia salários, oportunidades e respeito inadequados, apesar de seu envolvimento na guerra do Paraguai. (Fonte: Biblioteca da Brown University

E embora D. Pedro II já tenha observado a gradual mudança do povo para o republicanismo, ainda assim optou por preservar a monarquia e seus modos ultrapassados, esperando que seu povo permanecesse subserviente. A mentalidade apática, teimosa e conservadora de Pedro II para lidar com questões críticas refletia como ele via o golpe militar como tudo menos uma ameaça substancial.


Em seus últimos anos como imperador, Pedro II se distanciou cada vez mais de seu povo à medida que permanecia no exterior, desenvolvendo uma consciência insuficiente das preocupações políticas e sociais do Brasil com a monarquia. Logo, ele aceitou a recusa das massas à monarquia, aceitando o resultado do golpe sem más intenções para com a república emergente. (Fonte: Biblioteca da Brown University)

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